Monoterpenos com potencial antidepressivo-símile: uma revisão narrativa da literatura

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Data
2022-11-07
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FRCG
Resumo
A depressão é uma das doenças mais prevalente e incapacitante a nível mundial, caracterizada por recorrentes episódios depressivos com perfil debilitante que influencia a qualidade de vida. Sua ocorrência inclui fatores de riscos genéticos, imunológicos e ambientais. O tratamento convencional apesar de eficaz exibe limitações como refratariedade ao tratamento e efeitos colaterais, sendo assim, tem-se a necessidade do desenvolvimento de novos agentes psicofarmacológicos com rápido início de ação e com menos efeitos adversos. As plantas medicinais e seus metabólitos secundários estão em crescente interesse na investigação de novos ativos, dentre esses, os óleos essencias, cujos constituintes a exemplo dos monoterpenos, apresentam diversas atividades farmacológicas, inclusive, antidepressiva. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico acerca dos monoterpenos com potencial farmacológico antidepressivo-símile, abordando suas propriedades e efeitos biológicos. O estudo trata-se de uma revisão narrativa de literatura de caráter qualitativo, a partir de um levantamento de artigos nas bases de dados eletrônicas: Google Scholar, Science Direct e PUBMED. Os critérios de inclusão foram estudos publicados entre 2013 a 2022 nos idiomas português e inglês, artigos originais e disponíveis que apresentavam experimentos in vivo e in silico. Os publicados anteriormente ao ano de 2013 foram excluídos, assim como aqueles não publicados em periódicos científicos, teses, monografias, editoriais, manuais e artigos repetidos. Os descritores utilizados foram: Depressão; Óleos essenciais; Compostos fitoquímicos; Sistema nervoso central. Nesta revisão, 14 monoterpenos apresentaram possível efeito antidepressivo-símile. Sobre o mecanismo de ação, descreveu-se a possível interação com os sistemas dopaminérgicos, serotoninérgicos, noradrenérgicos, glutamatérgicos, gabaérgicos e endocanabinóides, além de modulação do perfil neuroinflamatórios, hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), sistema neurotrófico e vias envolvidas na neuroplasticidade. Sendo assim, conclui-se que os monoterpenos citados demonstraram atividade antidepressiva por diversos mecanismos já descritos nas bases neuroquímicas da TDM, o que os tornam potenciais candidatos a medicamentos antidepressivos, com eficácia preservada e melhores perfis de segurança.
Descrição
48 p.
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