Percorrer por autor "Carvalho, Viviane Rodrigues de"

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    Uso de contraceptivos hormonais orais como fator predisponente para o desenvolvimento da depressão: uma revisão narrativa da literatura
    (FRCG, 2022-06-08) Carvalho, Viviane Rodrigues de
    O uso generalizado dos anticoncepcionais orais está associado a efeitos colaterais que interferem na saúde psicológica das usuárias, que apresentam como sintomatologias alterações no humor. Desse modo, surge como hipótese que os usos desses medicamentos podem ser predisponentes para o desenvolvimento de quadros depressivos. Sendo assim, alterações hormonais estariam supostamente envolvidas com modificações em áreas do cérebro ligadas à depressão, como as regiões corticais e o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). Além disso, há teorias que demonstram efeitos da progesterona e seu metabólicos nos receptores GABA A, bem como a influência do estradiol na produção das catecolaminas, cuja função é essencial na neuroquímica de patologias como a depressão. O presente estudo buscou fornecer uma revisão narrativa a respeito da provável associação do uso de anticoncepcionais orais com o surgimento da depressão como efeito colateral, a partir dos diferentes mecanismos fisiológicos dos hormônios sintéticos e seus metabólitos no Sistema nervoso central (SNC) feminino. Os resultados dos estudos encontrados mostraram que adolescentes que fazem uso de contraceptivos orais estão mais vulneráveis ao surgimento de episódios depressivos do que mulheres adultas, além disso, a relação entre o uso da pílula e transtorno depressivo foi demostrado por meio de diferentes mecanismos, como a redução nos níveis de receptores de serotonina (5-HT4R), desregulação do eixo HPA, assim como alterações em diferentes regiões e estruturas do cérebro nas usuárias, tornando a hipótese comprovadamente plausível, mas sendo ainda necessário uma investigação mais sucinta desses achados. Os estudos demostraram que mulheres que fazem uso de CO’s podem desenvolver a depressão como efeito colateral, porém, essas consequências irão depender do contexto de uso e individualidade de cada mulher, onde aquelas que se encontram em período de maior vulnerabilidade possuem um risco aumentado para o aparecimento do transtorno depressivo maior.